27º Top Of Mind de RH

Soft Skills assumem protagonismo para impulsionar carreiras e empresas

Soft Skills assumem protagonismo para impulsionar carreiras e empresas

De acordo com um levantamento realizado em 2022 pela ZipRecruiter, 93% das companhias consideram as soft skills – habilidades interpessoais ou comportamentais – tão importantes quanto as habilidades técnicas.

A pesquisa é uma entre várias que reforçam o quanto tal conjunto de competências se tornou uma prioridade de mercado, especialmente à medida que as organizações amadurecem em relação à procura e ao desenvolvimento dessas skills.

Segundo Ana Lucia Zanovello, Executiva de Contas do Senac São Paulo, é fundamental que os profissionais visem desenvolver suas habilidades de forma equalizada. Ou seja, ao mesmo tempo que realizam cursos, workshops, graduações e semelhantes para potencializar seu conhecimento técnico, eles devem se preocupar em fortalecer suas skills humanas.

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Como desenvolvê-las?

Para citar algumas das soft skills mais desejadas pelos gestores, Ana Lucia destaca a comunicação organizacional, a capacidade de identificar prioridades e saber gerir o tempo e o foco, a resolução de problemas, a flexibilidade, a adaptabilidade para lidar com mudanças e também o quanto o colaborador é capaz de lidar com situações de pressão no dia a dia. Além disso, saber trabalhar em equipe, ser solidário(a) e autoconfiante também são importantes diferenciais para currículo e carreira.

O desenvolvimento dessas habilidades ganha maior efetividade quando líderes, gestores e RHs compreendem quais são as ferramentas e os parceiros certos para o processo.

“Como aperfeiçoar essas competências? Identificando uma instituição educacional de qualidade reconhecida e que possua uma metodologia diferenciada. No Senac, sempre levamos em consideração os conhecimentos dos profissionais, desse modo, facilita incorporarmos novos conceitos e ferramentas, instrumentalizando nossos alunos. Além disso, nossa área de Atendimento Corporativo possui uma equipe de executivos de contas que facilitam esse processo. Realizamos um diagnóstico das competências que a organização gostaria de desenvolver em seus colaboradores e elaborarmos um plano de desenvolvimento”, salienta a executiva.

Ana Lucia elucida que o Senac conta com especialistas que auxiliam na identificação de qual é a melhor solução educacional, podendo ser ela, por exemplo, um curso de aperfeiçoamento, um trilha composta por vários módulos, um programa de longa duração ou uma qualificação profissional.

As companhias, segundo ela, devem adotar metodologias que facilitem a implementação de sistemas de desenvolvimento de competências, os quais destacam-se:

  • Fazer parte do planejamento estratégico o investimento com base no histórico de necessidades dos colaboradores;
  • Implantar um processo de avaliação de desempenho dos colaboradores para facilitar a análise das necessidades de desenvolvimento;
  • Realizar reuniões de feedback com os liderados com o objetivo de alinhar as competências a serem aprimoradas;
  • Estimular a reflexão por parte dos colaboradores para serem protagonistas na busca de seu aprimoramento; e
  • Estabelecer parcerias com empresas educacionais renomadas para facilitar a disponibilização do aprimoramento educacional constante.

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Impactos na cultura do trabalho

Uma vez que as organizações são ativas na promoção das competências interpessoais de seus colaboradores, elas ganham em produtividade, motivação, engajamento e cultura. A especialista do Senac esclarece que as organizações se tornam mais competitivas e desejadas à medida que preparam sucessores, garantem bons feedbacks e auxiliam os funcionários em sua ascensão de carreira.

“Quando a cultura organizacional não é focada no desenvolvimento de talentos, os colaboradores podem ficar desmotivados e buscarem novas organizações que possibilitem tal desenvolvimento. No mundo globalizado facilmente os profissionais conhecem a cultura das empresas”.

Diante disso, Ana Lucia recomenda que os gestores trabalhem a “liderança mediadora”, ou  seja, liderem com o olhar de preparar seu time para os desafios do presente e do futuro do trabalho. Além disso, mediar ao liderar minimiza conflitos, com uma comunicação clara e objetiva, e traduz os problemas em desafios; para que a cultura da criatividade e inovação seja incorporada no ambiente organizacional.