27º Top Of Mind de RH

“Para o RH, o principal cliente é o colaborador”, destaca fundador da Flash

“Para o RH, o principal cliente é o colaborador”, destaca fundador da Flash

O cenário pandêmico transformou as estratégicas das empresas brasileiras e o RH olhou, com ainda mais atenção e cuidado, para o universo dos benefícios flexíveis. O intuito é que os próprios colaboradores possam escolher aqueles que fazem mais sentido para as suas necessidades e prioridades no momento.

Segundo a “30ª Pesquisa de Benefícios Corporativos” da consultoria Mercer Marsh Benefícios, subiu de 17%, em 2019, para 48% neste ano o total de companhias que vão incluir os benefícios flexíveis em suas políticas de Recursos Humanos.

Para mais de 80% delas, a estratégia é reter talentos, aumentar a percepção de valor dos benefícios, atender a diversidade da empresa e as necessidades que surgiram desde o início da pandemia. Outras 78% também miram na atração de talentos.

Foi neste cenário que a Flash surgiu e marcou presença no mercado brasileiro. Segundo Pedro Lane, sócio fundador da empresa, “ouvimos constantemente sobre a importância de melhorar a experiência do usuário ou do cliente, mas sempre com foco externo. Para a área de RH, o principal cliente é o colaborador – e melhorar sua experiência é primordial para retenção de talentos”. 

Dados divulgados pelo portal Glassdoor, plataforma onde colaboradores e ex-colaboradores podem avaliar empresas anonimamente, mostram que 80% dos entrevistados prefeririam expandir o seu pacote de benefícios no lugar de ter seu salário aumentado.

“Ao oferecer benefícios modernos e flexíveis, a empresa garante que sua política se adapte às necessidades de seus colaboradores, ao passo que esses têm mais liberdade em como utilizá-los, tornando-se um elo importante para satisfação geral e percepção de valor. Para o colaborador, é a liberdade de utilizar os benefícios onde e como quiser. Para a empresa, e principalmente para o RH, é a oportunidade de oferecer uma experiência única e diferenciada ao profissional”, completa Lane.

De gigantes multinacionais a pequenas e médias empresas (PMEs), a oferta de benefícios flexíveis pode ser realidade para qualquer um. Mas, antes de implementar, Lane pontua que é importante definir quais benefícios serão oferecidos – e uma das grandes vantagens desse modelo é permitir que a companhia foque no que realmente importa aos seus funcionários. Nesse sentido, a realização de pesquisas internas para descobrir os que fazem mais sentido pode ser um grande diferencial.

“Outro ponto é ter uma comunicação clara e detalhada sobre as mudanças nos benefícios. É essencial que a empresa faça a mudança de forma transparente, tirando todas as dúvidas de seus colaboradores. Isso torna o processo de adaptação mais tranquilo, além de gerar mais satisfação entre as equipes. É extremamente importante reforçar que uma gestão de benefícios flexíveis está dentro da legislação e de acordos trabalhistas”, destaca. 

Respaldo jurídico

Do ponto de vista jurídico, de acordo com o sócio fundador da Flash, há a impossibilidade de substituir salário por benefício, sendo que eles são uma obrigação decorrente de convenção, acordo coletivo de trabalho ou uma liberalidade das empresas, previsto em legislação. Atualmente, a incidência de encargos – tanto os trabalhistas quanto os previdenciários – é feita sobre o salário-base. Uma vez que os benefícios não são integrados ao pagamento como um salário, não existe tributação fiscal sobre os valores. 

A Flash, por exemplo, é uma empresa cadastrada no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e possui opções de saldos exclusivos que permitem apenas a compra em estabelecimentos alimentícios, resguardando, assim, a segurança jurídica para a empresa contratante. 

Portanto, é importante que as organizações estejam atentas às implicações legais na hora de decidir por uma política de benefícios, seja ela flexível ou não. De acordo com Lane, a legislação brasileira, sobretudo a trabalhista, determina que todos devem ser tratados de maneira igualitária.

“Na hora de decidir por uma empresa de benefícios flexíveis, é importante garantir que ela esteja em conformidade com a legislação, de forma que os benefícios oferecidos não sejam configurados como parte do salário. Além disso, é importante que colaboradores da mesma categoria recebam a mesma quantidade de créditos, mesmo que eles possam escolher utilizá-los de maneiras diferentes”.

Ainda tendo em mente a igualdade, Lane orienta que a equipe de RH se preocupe com a equiparação salarial. “Sendo assim, alguns requisitos precisam ser atendidos, como identidade de funções, trabalho de igual valor, mesma localidade de trabalho, mesmo empregador, prestação de serviço simultânea e inexistência de quadro organizado em carreira”, finaliza.

Tem novidade na área

Quer conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Flash e sobre como os benefícios flexíveis estão, cada vez mais, assumindo um papel de diferencial competitivo para as organizações? Então venha conferir a primeira edição do podcast OnTop.

A novidade do Top of Mind de RH abre seus trabalhos com a participação superespecial de Pedro Lane para discutir o papel da flexibilização dos benefícios na atração e na retenção de talentos. Ouça tudo o que rolou no bate-papo clicando em https://spoti.fi/3xYNODR.