27º Top Of Mind de RH

Pandemia trouxe mudanças, mas o mercado está pronto para consolidá-las

Pandemia trouxe mudanças, mas o mercado está pronto para consolidá-las?

Não é mais novidade entrar no mérito do quanto a pandemia impactou a rotina corporativa. Embora a mudança de modelo de trabalho do presencial para o anywhere office pareça ser a alteração mais evidente, os processos como um todo, do recrutamento à gestão, também precisaram se adaptar ao “novo normal”. Mas será que esse “novo” está próximo de virar somente “normal”?

A Sólides, plataforma de RH, People Analytics e Gestão Comportamental, mergulhou na transformação. Assim como processos internos foram revistos e adaptados, a empresa também se preparou para atender da melhor forma as novas necessidades de seus clientes. De acordo com Mônica Hauck, CEO da Sólides, as principais mudanças estabelecidas pelo contexto da Covid-19 não são temporárias e farão parte da realidade do mercado pós-pandemia.

“Todas as pesquisas apontam que alguns dos processos que ganhamos nesse período de pandemia no híbrido, vieram pra ficar. Essa transformação digital que a pandemia trouxe é irreversível, então o que era feito de forma remota em termos de processo seletivo, por exemplo, dificilmente vai voltar a ser 100% feito da mesma forma de antes. Daqui para frente, será preciso um RH diferente. O primeiro ponto de apoio da nossa ferramenta aos clientes está na transformação do RH Digital, deixando o processo muito mais automatizado. A ferramenta da Sólides fornece ao RH um arsenal necessário para  se fazer a nova gestão de pessoas, que já precisa ser pensada daqui pra frente”, destaca.

Do ponto de vista comportamental, Mônica esclarece que um dos aspectos mais importantes do processo transformacional é o investimento do mapeamento de características dos colaboradores. Com o apoio de uma análise assertiva de dados o processo pode ser otimizado.

“Com cerca de 5 minutos para realização, o relatório completo permite a coleta de informações que deveriam em média de 6 meses há um ano para serem mapeadas de forma presencial. O Profiler te permite conhecer verdadeiramente as pessoas mesmo sem estar no ambiente de trabalho. A Sólides também fornece as funcionalidades de pesquisa, pesquisa de clima e e-NPS tudo isso contribui também para potencializar a comunicação, que é outro pilar importantíssimo para gestão de pessoas de forma híbrida”, salienta a executiva.

Modelo híbrido chega para ficar, mas estrutura precisa ser mudada

De acordo com um levantamento feito pela Owl Labs, o modelo híbrido de trabalho conta com ampla aprovação dos empregados. 71% afirmam estar mais satisfeitos com sua rotina profissional e 78% dizem ser mais produtivos quando têm a oportunidade de trabalhar remotamente. Não é à toa que, segundo um levantamento da Korn Ferry, 49% dos respondentes deixaram claro que recusariam uma oferta de emprego que não possibilitasse o trabalho remoto ao menos por alguns dias da semana.

Ainda assim, Mônica pontua que para que o hibridismo do dia a dia profissional possa ser definitivamente implantado, algumas importantes mudanças precisam ser realizadas. “A verdade é que a grande maioria dos brasileiros não tem a estrutura necessária para trabalhar de forma remota, seja ela física ou familiar. Sendo assim o trabalho remoto não é para todo mundo por barreiras naturais ou comportamentais. Nem todas as pessoas se adaptam da mesma forma, então é meio romantismo declarar que todas as pessoas performaram da mesma forma. O que acontece é que alguns vão se adaptando com mais facilidade, outros não. Isso também se repete em algumas empresas. Quando se fala de trabalho híbrido de forma generalizada é como se estivéssemos numa bolha. Ao analisar a realidade brasileira e a realidade das empresas, nota-se que elas não têm condições de fornecer estrutura necessária para isso se realizar”.

Diante disso, a especialista reforça que o panorama deve contar com análises e não com euforia e generalizações. Mônica diz que é a partir dos resultados que as empresas devem definir se o melhor é seguir com o modelo híbrido – ou mesmo totalmente a distância – ou se devem retomar aos escritórios. Em relação às pesquisas, como a citada, que indicam que muitos profissionais não vão mais desejar atuar em empresas que não tenham atuação remota ou híbrida, a mesma lógica pode ser levada em consideração. Por mais que o hibridismo seja um diferencial para alguns, as organizações não podem perder o pique se suas ações de bem-estar, gestão e engajamento.

“Perder talentos ou não é bem relativo. Uma empresa precisa saber exatamente o que ela precisa para performar, e quais são as pessoas certas para fazer isso acontecer.  Então,  vai ser muito mais uma questão das organizações ficarem com as pessoas que melhor se adaptam ao seu modelo de negócio e forma de trabalho. Eu evito generalizações, temos realidades de negócios bem diferentes que variam de acordo com região, modelos e outros fatores. As indústrias não são remotas, grande parte do comércio também não, ainda temos o setor de serviços. Temos que olhar a realidade brasileira e saber que algumas empresas e pessoas vão se adaptar e outras não.”

O que vem por aí para o RH?

Nos últimos meses as campanhas de vacinação foram aceleradas em várias regiões do Brasil. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, até o dia 4 de agosto 49% da população do país recebeu ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Em razão disso, muitas companhias já deram o ‘start’ na retomada do ritmo presencial e também começam a planejar o seu ‘pós-pandemia’.

Para Mônica, 2022 vai ser um ano importante, especialmente por ser o período de consolidar toda a aceleração e os aprendizados que as empresas vivenciaram durante o período de maior impacto da pandemia.

“Aprendemos na pandemia que o RH é digital, automatizado e que não faz mais sentido documentar processos em papel ou ter milhares de planilhas. Agora as empresas precisam acompanhar  as tendências como o uso de dados. Ano a ano as estatísticas mostram uma maior predisposição dos RH a usarem dados para tomada de decisão sobre gestão de pessoas. Dados para tomada de decisão para gestão de pessoas já é algo muito forte. Outra tendência que ganhou força é o conceito de tudo em um só lugar. Ao invés de usar várias ferramentas fracionadas, você soma em uma ferramenta tudo que você precisa para ter mais inteligência e possibilidade de integrar e correlacionar dados”, finaliza a CEO da Sólides.