Está cada vez mais evidente que o ESG (sigla que representa ações empresariais relacionadas ao meio ambiente, ao social e à governança) é uma obrigatoriedade para qualquer organização se manter competitiva. Segundo um levantamento da Bloomberg Intelligence, por exemplo, os investimentos nas áreas interligadas pelas três letras poderão chegar a US$ 53 trilhões (hoje, pouco mais de R$ 300 trilhões) até o ano que vem.
Não é à toa que um outro estudo, desta vez da consultoria EY, mostra que, para 78% dos investidores, as empresas devem investir em ESG, mesmo que isso represente uma redução nos lucros a curto prazo. O dado, que é de 2022, já destacava a força da sigla, ainda mais com o mesmo levantamento revelando que 99% dos investidores consideram as ações de ESG das empresas como um fator decisório para investirem ou não nelas.
Para 2025, o conceito chega sob a expectativa de crescer ainda mais. Segundo Rodrigo de Paula, Gestor de Qualidade do Grupo Souza Lima, empresa referência no Brasil em iniciativas que envolvem o termo, as políticas de ESG serão ainda mais cruciais para o sucesso de marcas de todos os portes.
Ele recorda, inclusive, que a regulamentação tende a ser mais uma aliada no fortalecimento das práticas, uma vez que já há mercados, como o europeu, que estão desenvolvendo regras para determinar que as organizações sejam mais transparentes com suas práticas ESG – principalmente as ambientais.
“Olhando para o futuro, as empresas precisarão estar muito atentas a várias frentes. Primeiro, o foco na sustentabilidade ambiental será maior do que nunca. A pressão para reduzir emissões de carbono e apresentar metas claras de neutralidade climática vai se intensificar. Não basta mais falar sobre isso, é preciso ter um plano concreto, com prazos e resultados mensuráveis”, destaca.
Em relação ao pilar social, Rodrigo salienta que a diversidade e a inclusão tendem a ser ainda mais prioritários nos próximos anos. O gestor pontua que a criação de ambientes saudáveis e acolhedores já é – e será em escala ainda maior – um dos principais fatores para atrair público às marcas e também para robustecer o desempenho nos negócios. Já na governança, o profissional do Grupo Souza Lima dá ênfase à capacidade das companhias serem transparentes.
“A palavra de ordem será transparência. Governança ética e uma liderança comprometida com questões de ESG serão cada vez mais exigidas por investidores e pelo público. Conselhos de administração vão precisar ser mais diversos e engajados com essas pautas, sob pena de perderem relevância no mercado.”
Crescente inovação
No Grupo Souza Lima, a ideia para 2025 é expandir as práticas que já vêm sendo reconhecidas interna e externamente. No lado ambiental, Rodrigo explica que os esforços estão concentrados na linha de serviços “Carbon Free”. Ele conta que apesar dos avanços na redução das emissões de carbono na prestação de serviços e nos processos periféricos, a intenção é ir além.
“A ideia é oferecer serviços que tenham zero pegada de carbono, com compensação total das emissões. E é aí que o nosso terreno de mata nativa em Santa Isabel entra em cena. Ele não só contribui para a preservação da biodiversidade, mas também ajuda nos nossos esforços de compensação de carbono. Além disso, estamos explorando novas tecnologias, como o uso de veículos elétricos e a adoção de energia solar para nossas operações”, elucida.
Quanto à governança, o Souza Lima fortalece a transparência dos processos e também os mecanismos de compliance, o que inclui um sistema de gestão baseado na norma ISO 37001, que, entre outros fatores, é determinante para potencializar o trabalho em torno da ética empresarial. Já, por fim, no “S” do ESG, cuidar dos colaboradores e das comunidades ao redor está no centro das atenções.
“Temos programas como o Eu Sou Sustentável, que engajam os colaboradores em práticas mais conscientes. Mas a gente vai além: queremos impactar também a próxima geração. Por isso, temos um programa que traz alunos do ensino médio para passarem um dia com a gente, conhecendo a empresa e entendendo como funcionam práticas de sustentabilidade na vida real. Além disso, estamos investindo muito em inclusão, oferecendo oportunidades para pessoas de todas as idades e backgrounds, incluindo aqueles com mais de 50 anos”, finaliza Rodrigo de Paula.