27º Top Of Mind de RH

Como desenvolver um mindset voltado à ação

Como desenvolver um mindset voltado à ação?

Desde que o mundo é mundo, o ser humano busca por resultados em qualquer tarefa desempenhada. Sejam eles bons ou ruins, são os guias de qualquer ação realizada. Por conta disso, por mais que, muitas vezes, profissionais se apeguem a um mindset voltado ao conhecimento, ele, por si só, não garante a execução. Ou seja, o conhecimento deve ser transformado em ação.

A criação de um mindset de ação é um processo que envolve mudanças na maneira de pensar e de agir. Segundo Peterson Coli, CEO da Ideale, empresa que há 19 anos desenvolve treinamentos corporativos para empresas brasileiras e da América Latina, “vivemos a era de maior oferta e disponibilidade de conhecimentos que o ser humano já experimentou”, o que é um elemento facilitador para que os indivíduos possa abrir mais portas em sua carreira, mas que ao mesmo tempo pode ser um limitador para quem não prepara a mente para a execução das ações.

Mudança de mindset

De acordo com o executivo, aplicar um mindset de ação na rotina profissional é “simples, mas dá trabalho”. A avaliação é motivada pela resistência que muitas pessoas têm a mudanças. O processo é contínuo e requer prática e dedicação, tendo início com pequenas alterações no dia a dia e, gradualmente, crescendo com o aumento da capacidade de ação com foco e determinação em direção aos objetivos traçados.

“Você pode começar com uma lista de tudo o que é feito, de todas as tarefas que você executa ou deveria executar. Em seguida, verifique se tudo o que está nela é mesmo necessário. Pense que toda tarefa realizada é para alguém. Então, você deve avaliar quais são essas necessidades e expectativas do seu cliente, que pode ser interno, externo ou até mesmo uma ‘máquina’ (no caso de um sistema, por exemplo). Para cada tarefa realizada, haverá um resultado. Ninguém escapa do resultado”, explica.

Coli reforça que, com a lista de tarefas prontas, é igualmente importante que seja realizada uma autoanálise sobre como cada uma delas é executada, com foco na identificação dos resultados – se eles são ou não os esperados – e em como corrigir eventuais gaps para que a entrega seja potencializada.

Ferramentas de apoio

O CEO da Ideale pontua que, na dinâmica de transição de um mindset para outro, algumas ferramentas conseguem oferecer apoio para facilitar as etapas da mudança. Uma delas é a metodologia DISC, que ajuda na identificação de pontos fortes e aspectos que precisam ser melhor trabalhados.

O DISC classifica o comportamento das pessoas em quatro tipos: Dominância (D), que se refere ao perfil executor; Influência (I), referente ao perfil comunicador; eStabilidade (S), relacionado ao perfil planejador; e Cautela (C), cujo perfil definidor é o analista.

“Todos nós temos um pouco ou muito de cada um destes perfis. Aqui, a ideia não é criar um estilo somente executor, mas entender que não importa qual o seu perfil e sim que todos nós ‘entregamos’ resultados através da realização de tarefas. O mindset de ação sugere exatamente isso”, salienta Coli. “Reforço que fazer o processo de uma análise de comportamento é o primeiro passo. Vamos chamar isso de autoconhecimento. Identificar os pontos que devo melhorar, aprimorar para a realização e execução das tarefas”, acrescenta.

Por fim, o executivo levanta que toda a jornada de transformação do mindset só tende a agregar na entrega de resultados mais efetivos e poderosos, uma vez que a execução se torna um hábito e vem carregada de preparo.