De acordo com uma pesquisa da Oxford Economics com a Society of Human Resource Management, realizada com profissionais de dez países – entre eles, o Brasil -, em 2021 a flexibilização entrou de vez na lista das principais prioridades para que os gestores tenham maior possibilidade de atrair e reter talentos.
Durante a pandemia do novo coronavírus, o mercado adotou uma postura flexível no modelo de trabalho. Muitas empresas adotaram o trabalho remoto para não parar as atividades durante o período de isolamento social. Com a chegada das vacinas contra a Covid-19, ainda que os escritórios estejam reabrindo, o home office segue como realidade dos negócios – mesmo que em alguns seja adotada a rotina híbrida, que envolve dias de trabalho presencial e dias a distância.
Do mesmo modo que a rotina de trabalho foi alterada – ou melhor, adaptada -, os benefícios não puderam ficar para trás. Uma vez que algumas companhias ainda sequer pensam em tirar os colaboradores de seus respectivos lares, é inevitável questionar: será que todos os benefícios oferecidos para o colaborador que se desloca à empresa são igualmente eficazes para a rotina do anywhere office?
Segundo Fernando Verderano (capa), Head de Benefícios da Propay, empresa de soluções para RH, a pandemia antecipou processos que já estavam sendo trabalhados. O executivo pontua que a flexibilidade dos benefícios já era assunto recorrente em reuniões corporativas, mas a discussão era pouco levada para a prática, especialmente por conta de legislação ou dificuldade em custear ou se adaptar. Porém, durante o contexto pandêmico, a necessidade motivou as empresas a procurarem novas alternativas.
“Os benefícios flexíveis oferecem diversas vantagens. A principal é a autonomia que eles proporcionam. Acredito que parte dos profissionais já ouviu falar ou leu algum conteúdo sobre o sistema de pontos que possibilita que os colaboradores, por meio da elegibilidade definida pelas organizações, possam definir quais são os benefícios que melhor atendem o seu atual momento de vida. Contudo, no caso dessa modalidade, há a dependência integral do pacote de benefícios que o negócio oferece, pois caso a oferta seja limitada, a empresa terá que investir um valor considerável para o sistema virar realidade”, salienta.
Verderano esclarece que para que exista a flexibilização, é importante que a empresa tenha assertividade no modo que conduz a sua política de benefícios. Uma opção difundida é a unificação de um cartão que atenda todas as necessidades do colaborador, o chamado cartão flexível que unifica valores de VA e VR, por exemplo, para que os funcionários façam uso da forma que melhor entenderem – afinal, o VR tem sua utilização reduzida se o colaborador não sai de sua casa para almoçar em um restaurante, então possibilitar que o valor seja usado em uma despesa é uma forma de empoderar o usuário.
“Esse cartão possui uma bandeira de operadora de cartão de crédito e insere os pontos destes benefícios. Assim, o funcionário pode usar o valor com menos restrições. O principal ponto de atenção é na escolha do parceiro fornecedor, pois alguns ainda não possuem o benefício do PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador)”, esclarece o executivo.
Como levar a flexibilização à prática?
Por mais que no papel os benefícios flexíveis sejam uma estratégia importante para atrair e reter bons profissionais, a implantação da iniciativa carece de alguns cuidados. Verderano elucida que, antes de tudo, o RH precisa compreender o funcionamento da flexibilização e os objetivos da empresa ao implantá-lo.
“O contato com empresas que já tiveram essa experiência e a pesquisa que realizamos (HR Trends) pode ajudar muito neste momento, já que as experiências do processo de flexibilização ajudarão a entender as melhores práticas. É importante ressaltar que a política de benefícios deve estar alinhada com os propósitos de ambas as partes: da empresa, que deseja aumentar o nível de satisfação e de comprometimento de seus funcionários, e do colaborador, que busca benefícios que atendam às suas necessidades pessoais, além de um ambiente de trabalho mais favorável. Um elemento que tem sido crucial é escolher um parceiro que esteja totalmente apto a tocar esse projeto e que tenha a expertise necessária”, explica.
Outro ponto importante destacado pelo executivo é a transformação digital das empresas. Recursos tecnológicos não só contribuem para que as empresas tenham sistemas automatizados, sejam mais ágeis e façam análises preditivas, mas também auxiliam a dinamizar a gestão de benefícios e torná-la menos burocrática.
A tecnologia, inclusive, é peça-chave dos serviços inovadores oferecidos pela Propay a seus clientes. A empresa trabalha com serviços como: B.I – Health Analytics; Chatbot e Atendimento Virtual; Mapeamento de Saúde; Análises Preditivas; Integração Operacional com Folha de Pagamento e Operadoras/Parceiros; Portal do Recursos Humanos e Colaborador; Teleatendimento (Telemedicina), entre outros.
“Além de tudo que essas ferramentas oferecem, tem uma coisa que nós da Propay valorizamos muito, é a otimização de tempo, que nos permite realizar um atendimento ainda mais humanizado e personalizado para cada cliente. Nosso principal objetivo é sempre reforçar a estratégia de transformação digital do RH e ampliar esses serviços. Por isso temos parceria com os melhores fornecedores de tecnologia do mercado, o que nos propicia oferecer para nossos clientes aquilo que faz total sentido para as necessidades deles. O propósito dessas parcerias é oferecer a melhor combinação entre serviços e tecnologia de acordo com as demandas de cada empresa que nos contrata, proporcionando melhores experiências para os colaboradores e plataformas de gestão para o RH, além de contribuir diretamente para a jornada da transformação digital”, finaliza Verderano.