27º Top Of Mind de RH

Inovação e educação executiva o que está por vir

Inovação e educação executiva: o que está por vir

Inovação é o processo de criação, desenvolvimento e implementação de novas ideias, produtos, serviços, processos, tecnologias ou modelos de negócios, com o fim de buscar melhorias ou atualizações em processos, produtos ou serviços já existentes.

Seja praticada de forma incremental (com pequenas mudanças que podem trazer melhorias e atualizações) ou de forma disruptiva (com a criação de soluções completamente novas e de grande potencial transformador), a lógica da inovação é imperativa para qualquer atividade que se desenvolva nos dias de hoje, pois é ela quem impulsiona o progresso, cria novas oportunidades e ajuda indivíduos e organizações a permanecerem competitivos em um mundo de mudanças tão rápidas. 

Na prática de educação executiva, especialmente, entendemos que é preciso “andar de mãos dadas” com a inovação, por várias razões: 

  • acompanhar as novas tecnologias e tendências: a inovação garante que as práticas educacionais acompanhem as novas tecnologias, tendências e melhores práticas já instituídas, assegurando assim que os estudantes aprendam habilidades e conhecimentos relevantes para as demandas do mercado de trabalho. 
  • incentivar a criatividade e o pensamento crítico: a inovação estimula a criatividade e o pensamento crítico entre estudantes e educadores, ajudando-os a desenvolver novas soluções para problemas cada vez mais complexos. 
  • aprimorar a experiência de aprendizagem: abordagens inovadoras (metodologias ativas, combinação das diferentes modalidades de ensino adaptadas às necessidades do aprendiz, gamificação e aprendizagem adaptativa, por exemplo) podem melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos e otimizar o desenvolvimento dos aprendizes.
  • ampliar a acessibilidade: a adoção de práticas inovadoras na educação pode tornar o aprendizado mais acessível a uma ampla gama de pessoas, incluindo quem outrora já teve o seu acesso inibido, como pessoas com deficiências, pessoas que moram em áreas remotas ou que não podem pagar pela educação formal em modelos mais tradicionais. 

Por isso, o trabalho de concepção e modelagem dos programas de educação executiva requer esse movimento constante: incluir, adaptar, renovar, testar, ousar… A ideia que tem permeado as nossas ações é sempre adotar metodologias que permitam aproveitar ao máximo as interações humanas, apostando na potência que emerge das trocas entre pessoas com diferentes visões, origens, experiências e desejos.

Abordagens de aprendizagem baseadas na solução de problemas ou na realização de projetos, em estudos de casos, simulações ou oficinas demonstram cada vez mais eficácia na aprendizagem e no engajamento dos estudantes e são fortes tendências nas soluções de educação executiva, nas suas diversas modalidades.  

Em paralelo, é constante a busca pelos melhores e mais novos recursos digitais, que podem alavancar as melhores soluções de aprendizagem para a inovação não apenas nos programas e aplicativos, mas nas linguagens! Sabemos que o estudante de educação executiva deve ser entendido e atendido levando-se em conta também a sua experiência e expectativa de usuário das mídias digitais.  

As redes sociais, desde o seu surgimento no final dos anos 90, influenciam a maneira de as pessoas se relacionarem e consumirem conteúdos, impactando diretamente a nossa cultura e a nossa forma de nos relacionarmos com o mundo. No início, com a internet discada e muito mais limitada, as mídias sociais eram pautadas em textos, como pudemos observar nos blogs. Depois, as imagens passaram a ser a parte central, como os fotologs e até mesmo o Facebook, nos seus primórdios. Com o surgimento de novas tecnologias (smartphones com boas câmeras digitais) e a democratização do acesso à internet rápida, as redes sociais foram mudando e transformando junto consigo a nova realidade, com possibilidades cada vez mais amplas.

A transformação digital, que vem acontecendo desde 2010, mudou a forma de os usuários absorverem e compartilharem as informações. De lá para cá, tivemos um boom de redes de mensagens instantâneas e vídeos: Facebook Messenger, WhatsApp, Instagram, Snap Chat, TikTok e YouTube são alguns dos principais exemplos de redes que causaram uma verdadeira revolução na maneira de se consumir conteúdos digitais.

A forma do conteúdo educacional, por sua vez, anda junto – vai acompanhando essa transformação, incorporando as novas linguagens e organizações textuais para dar conta de uma comunicação mais efetiva, ágil e atual. As horas de leituras passaram a ser substituídas ou complementadas por materiais audiovisuais que são o foco de atenção dos estudantes, seja pela comodidade, pela flexibilidade ou pela riqueza da experiência. 

Os podcasts entraram com muita força no mercado brasileiro, e, mais recentemente, os videocasts chegaram com tudo. São programas de bate-papo sobre determinados assuntos, com um roteiro mais aberto, mais fluido e geralmente com convidados, que contam com a flexibilidade de serem consumidos em vídeo ou apenas em áudio. Essas são tendências às quais estamos sempre atentos quando planejamos, modelamos e produzimos as soluções em educação executiva. 

Também tem sido uma pauta recorrente, para a qual estamos atentos, a oferta de soluções educacionais adaptadas para fornecer experiências de aprendizagem personalizadas, ajustadas às necessidades de cada estudante – noção conhecida como “aprendizagem adaptativa”.

A customização na oferta de conteúdos e atividades pode ajudar os estudantes a aprenderem de forma mais eficiente, além de favorecer a motivação e o engajamento nos estudos. O uso da Inteligência Artificial para estruturar intervenções direcionadas individualmente aos estudantes permite que o seu estudo seja mais focado, com resultados melhores e mais rápidos, demonstrando que ela é uma grande aliada na conquista de estudantes engajados por mais tempo na sua aprendizagem, com altos ganhos em termos de flexibilidade, acessibilidade e escalabilidade das soluções educacionais. 

Novas tecnologias como a Realidade Virtual também estão sendo incorporadas às práticas educacionais, agregando grandes vantagens. A criação de ambientes virtuais que simulam a sensação de estar presente em um ambiente real ou imaginário, a que o usuário acessa por meio de computadores, softwares ou dispositivos de hardware (como óculos de realidade virtual), permite a aplicação de soluções educacionais muito envolventes e proveitosas.

Dependendo das necessidades do aprendiz, a opção pelo uso da Realidade Virtual pode ser muito benéfica, pois ela pode permitir simulações e visualizações espaciais, adotando uma forma mais imersiva e envolvente de experimentar conteúdo digital, o que pode proporcionar muitas novas formas de aprendizado, entretenimento e interação.

Finalmente, mas não menos importante, as mudanças têm ocorrido extraordinariamente na forma como produzimos conteúdo, e isso, com certeza, atinge em cheio as práticas educativas. Assistimos à rápida transformação da maneira como pesquisamos, dos modos como obtemos informações.

Já há alguns anos, a máquina tem sido capaz de nos entregar conteúdo instantaneamente, nesta Era Digital. O que já era incrível e surpreendente, com o avanço dos buscadores como Google e afins, agora é até assustador, desde a chegada de geradores de conteúdo da Inteligência Artificial, a exemplo do ChatGPT. A informação nunca esteve tão perto, tão acessível, tão rápida. Ao mesmo tempo, o enorme volume de informação, a sua complexidade e  confiabilidade se tornaram o nosso grande desafio.  

Parece contraditório, mas não é: nunca foi tão fácil ter acesso à informação e nunca foi tão necessária a educação para se chegar ao conhecimento. Se a curadoria de conteúdos e o desenvolvimento de habilidades analíticas (no apoio aos estudantes a focalizarem corretamente conteúdo relevante) já estavam sendo as grandes premissas da educação executiva nos últimos tempos, cada vez mais expandiremos a nossa missão no sentido de apoiá-los a desenvolverem as suas habilidades no uso e na aplicação das ferramentas de conteúdo… Está claro que as pessoas que dominarem a sua utilização terão, nas suas mãos, um grande diferencial: acesso ao conhecimento mais qualificado; capacidades de produção e de entrega mais ágeis e eficientes;  habilidade de se adaptarem diante dos novos cenários que sucessivamente se colocarão à frente. Parece-nos um caminho inevitável. 

Por tudo isso, inovar em educação executiva é uma necessidade palpitante. É o que nos dá sentido, é o que nos torna necessários, é o que nos move em direção ao futuro, que está cada vez mais perto de nós.

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