Estar entre os eleitos do TOP5 de cada uma das categorias do Top of Mind de RH é o reconhecimento de ações de destaque e significativas. Tanto para as empresas e profissionais já consolidados no mercado quanto para a nova geração empresarial, o prêmio reforça um trabalho que faz a diferença no ambiente corporativo.
E, já que falamos da nova geração – e no embalo do Dia Internacional da Mulher, no próximo domingo (8) -, falamos com a atual vencedora da categoria Jovem Talento de RH do Top of Mind de RH 2019, Alejandra Garcia. Confira o nosso bate-papo com Coordenadora de Atração e Seleção da Dasa, que fala sobre sua trajetória no mercado de trabalho, sua conquista na premiação do ano passado e a respeitod o cenário atual da mulher no mercado de trabalho.
Primeiro de tudo, falando um pouco sobre a sua carreira, desde quando você trabalha com Recursos Humanos? Quais foram os primeiros passos de sua trajetória?
Alejandra: Durante a minha vida toda eu sempre gostei de pessoas. Não à toa, em 2006 eu comecei a faculdade de psicologia. Meu primeiro estágio foi na Gol Linhas Aéreas, e lá eu tive todo um processo muito forte de aprendizado de RH, no sentido de competências, na compreensão dos cargos, no que fazer para engajar as pessoas de cada área, então eu tive uma construção.
Depois, passei por outras empresas, inclusive o Itaú Unibanco, onde trabalhei com recrutamento e seleção, descobrindo como fazer esse processo da melhor maneira e como fazer o feat entre as habilidades e os valores da empresa com os dos candidatos. Ou seja, como colocar a pessoa certa no lugar certo. E isso é super importante, assim como o treinamento, no sentido de como eu vou fazer com que as pessoas cresçam, se desenvolvam e tenham sucesso.
Então, passei por empresas de tecnologia, startup, consultoria, tendo contato com diversos tipos de negócio, da indústria ao comércio e varejo. São culturas diferentes nas quais se aprendi atender o cliente de acordo com a sua necessidade.
Hoje, trabalho na Dasa coordenando uma equipe de seleção de 11 pessoas, entre analistas, assistentes e aprendizes. Faço toda a gestão de indicadores, SLA, toda a avaliação de qualidade desse processo.
No ano passado você teve uma grande conquista que foi o troféu do Top of Mind de RH, maior prêmio do segmento, na categoria Jovem Talento de RH. Foi uma surpresa para você?
Alejandra: Entendo que a conquista faz parte de toda essa minha jornada. Eu entrei no Recursos Humanos com 20 anos e construí toda uma carreira. Eu falo que nós de RH precisamos estar muito alinhados com as pessoas, gostar delas. Eu tenho muito essa característica e a habilidade de desenvolver pessoas. Sempre gostei disso e creio que isso me levou ao sucesso na carreira, ainda mais agora que eu tenho uma equipe e faço a gestão de fato.
Muitos estudos e pesquisas reforçam o quanto o mercado ainda é desigual na questão da liderança entre homens e mulheres. Nesse contexto, você acredita que a sua e as mais novas gerações podem promover uma ruptura no mercado de trabalho?
Alejandra: A questão da mulher na liderança é uma barreira a ser quebrada. Se nós olharmos para as grandes empresas, há um percentual muito pequeno de mulheres na gestão.
Estar na liderança não é algo ligado a gênero, mas sim a competências, a você ter experiência e skills. Eu entendo que a nova geração vem para quebrar isso. Hoje temos formas mais igualitárias de estudo e crescimento nas empresas, mas ainda há uma diferença muito grande entre homens e mulheres nas lideranças.
Ter a coragem de entrar em uma posição de liderança é muito importante. Já assisti algumas palestras nas quais é dito que muitas mulheres ainda não têm essa coragem e não enfrentam esse processo seletivo, por não acreditar que tem esse potencial. Mas, a mulher deve ter o protagonismo de sua carreira e não adianta esperar que as iniciativas venham todas da empresa.
Muitas mulheres, durante a sua trajetória profissional, acabam sendo vítimas de preconceito, de assédio ou de problemas semelhantes em ambiente corporativo. Você já passou por isso? Há barreiras que, diariamente, você se vê tendo que superar não só por si, mas pelas mulheres como um todo?
Alejandra: Diretamente, nunca enfrentei um preconceito, mas eu acompanho o que acontece ao redor. Gestores que não aprovam mulheres porque eles não viajam, porque tem filho, e isso são vieses inconscientes que precisam ser quebrados. Novamente, não é o gênero que determina um bom trabalho. Hoje, aos poucos, se têm quebrado essas barreiras, mas elas ainda existem, porque são crenças, embora não sejam reais.
Por isso reforço o processo de encorajamento. Muitas se intimidam porque a sociedade ainda tem preconceito. É importante lutar, ter um posicionamento e evoluir para que as mulheres conquistem o seu espaço no mercado de trabalho.
Nesse Dia das Mulheres, que mensagem você deixa às mulheres que buscam empreender, crescer e conquistar seu devido espaço no universo corporativo?
Alejandra: Que as mulheres consigam se empoderar, entender que só depende delas o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Elas devem buscar fazer aquilo que gostam. As mulheres precisam entender o quanto elas são competentes e capazes de conquistar ótimas posições no mercado. Eu desejo que todas as mulheres consigam atingir seus objetivos e ter o posicionamento de decidir sobre a sua carreira e buscar sempre evoluir.